G uarda-chuvas acima da cabeça das pessoas
do grande centro da cidade, sempre andando para a frente e olhando
para o chão, nunca para nenhuma outra direção. Pessoas iguais, sonhos iguais, desejos iguais, vontades iguais. Todos iguais.
Em uma sociedade marcada pelo monótono, onde a última faísca de felicidade é alimentada pelo desejo de obsessão ao adquirir pelo exagero, surge Dux. Um jovem disposto a utilizar da própria vida para alterar o curso dos passos incessantes e sem rumo dos habitantes de Consdade, que arrastam seus pés pelas vielas, como corpos sendo puxados de um lado para o outro, sem vontade própria.
Porém o chama.
Um ruído surgiu no ar, que passou a aumentar a cada segundo, até chegar no ponto de ser insuportável. Como uma manivela sendo girada eternamente, arranhando o ar e destruindo seus tímpanos.
Ele olha para cima.
Naquele momento, Dux percebeu que ninguém mais tinha rosto.